Outubro foi a vez de eu conferir o Gastronomika, uma feira incrível que acontece todos os anos em San Sebástian, na Espanha, com o que há de melhor e mais atual no mundo da gula. O que vi e provei foi inspiracional (aguardem novidades!)

Se San Sebastian já é famosa por seus “chefs Michelin”, imagine a extravagância  gastronômica que não foi esse evento! Esse ano, o foco da feira foram as culinárias de Cingapura e Hong Kong, e mais de 30 nomes de peso participaram do evento, incluindo Ángel León, Joan Roca, Paco Morales, Jordi Cruz e Albert Adría . Além, claro, de top chefs asiáticos como Malcolm Lee (do Candlenut Restaurante, Singapura), Pepe Moncayo (do Bam! Restaurante, Singapura), e José Maria Kao & Meilan Kao (do Xangai Restaurante, Barcelona). Todos demonstrando como fazer alguns dos pratos mais festejados da rota.

Degustações, debates, preparos ao vivo, e tudo o o que se pode imaginar ocuparam os corredores do Gastronomika. Um êxtase. Fiquei absorta, mas ainda consegui um tempo para conferir alguns dos melhores restôs da cidade. Provei o Mugaritz, 2 estrelas no Michelin e sexto na lista de melhores restaurantes (cozinha dos sonhos!!), com uma degustação com 25 itens. Alguns sendo pratos estranhos como o pescoço de pato da foto, outros nem tão estranhos, todos incríveis. Recomendo.

E visitei Elena Arzak e seu Pai, Juan Mari Arzak, no comando  do Arzak. Juan foi quem teve maior influência em Ferran Ádria, e o Arzak é um 3 Estrelas Michelin em 17º lugar na lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo. Jantamos lá!

E como se tudo isso não bastasse, San Sebástian ainda é a capital cultural da Europa em 2016, o que quer dizer muita coisa: que, por exemplo, a cidade será sede de eventos de proporções continentais e que muita coisa boa será catapultada nessas coordenadas geográficas do planeta. Um laboratório intenso de vida social, cultural e ideológica.

Adorei o o que vi, muita gente bacana circulando, ruas cheias, bares e restaurantes fervilhando, pinchos e tapas, uma viagem e tanto. San Sebastian é um incrível destino gastronômico!! O entusiasmo sobre comida por aqui é incrível! ‪Querem saber? Coloquem na lista de lugares para conhecer!

Nosso post de hoje é sobre um caso de amor: Noronha. Se você quer uma dica para as férias de verão, ou para a esticada de feriados de outubro, atenção: ao ler esse conteúdo você desenvolverá uma vontade irresistível de zarpar pra ilha.

Mas antes de começar, uma pergunta básica: quantos dias passar em Noronha, a resposta é: o dobro do tempo que você tiver \o/ \o/ \o/. E aí em cima disso, vocês montam a viagem: o que fazer, em que praias ir, etc. Para ajudar nessa nessa programação, a gente divide aqui o que achamos mais legal pra fazer solo ou em família por lá. Preparados para embarcar?

Debaixo d’água

Só não vê tartaruga em Noronha quem entra na água de olhos fechados. De resto, basta estar de olhos abertos para encontrar com elas, muitas delas! Existe um mundo incrível e fascinante no mar de Noronha, que além das tartarugas, inclui  raias chitas e pintadas, cardumes de peixes de todos os tipos e cores, esponjas e corais coloridos, peixes voadores  e tubarões  (registre-se: nunca houve relato de ataque em Noronha!). E nem precisa ir muito longe pra ver: eles dão pinta nas praias, na parte rasa. Mas a experiência de ir mais fundo é muito bacana, e  aí são dois os jeitos mais legais: o mergulho de cilindro e planasub.

1- O mergulho de cilindro é permitido para crianças a partir de 10 anos. Fizemos com todas as operadoras, e a que mais bateu o feeling foi Noronha Divers. Eles são ótimos, super alto astrais e ubber profissas. O batismo dura cerca de meia hora, e para adultos vai até 13 metros e crianças até 7 metros mais ou menos. Cada pessoa entra na água com um instrutor.

2- O Planasub é diversão pura.  A gente segura numa prancha e é rebocado por um barco ou lancha, sempre com o rosto dentro d´água. Aí, quando pinta algo no fundo do mar, a gente consegue descer bem lá embaixo numa boa e depois subir rapidinho só por estar preso nessa prancha. Esse passeio pode ser de 1 hora (e aí o barco fica pelo porto, onde existe um naufrágio) ou pode durar duas horas (nesse caso, o barco vai costeando as praias, e tem um churrasco à bordo).

As palestras do Ibama

Todos os dias, às 20h, tem encontro marcado no centro de visitantes do Ibama. São as palestras dadas por pesquisadores e moradores, é há um tema diferente a cada dia: tartarugas, golfinhos rotadores, tubarões, o parque marinho, a vida em Noronha e a relação entre o mar e os homens (essa última é dada pelo Homem Peixe, que tem aquele programa sobre bodysurf no Canal Off). É um programa legal pra caramba, porque é ali que a gente entende e aprende sobre o que vimos na natureza da ilha.

Aliás, o trabalho do Ibama/Tamar na ilha é todo nota 1000. Tem uma vertente interativa, que aproxima o público das ações de conservação. Dependendo da época do ano, pode-se acompanhar as desovas ou o monitoramento de tartarugas, e até ser voluntário por um dia!

Nossas praias preferidas

Taí uma coisa difícil de decidir.  Todas as praia de Noronha são maravilhosas, e todas diferentes umas das outras. Mas Sancho, Baía dos Porcos, Praia do Meio e Cachorro estão no topo das nossa lista. Explicando o porquê:

1) Sancho fica dentro do Parque Marinho é exuberante, selvagem, tem a água mais azul que existe e muitos cardumes;

2) Baía dos Porcos é linda, pequena e aconchegante, tem vista pro Dois Irmãos e sempre esbarramos com tartarugas e raias por lá;

3) Praia do Meio forma uma baía super calma, é emoldurada pelo Morro do Pico, e fim de tarde rola um lounge muito alto astral pra ver o pôr-do-sol;

4) Praia do Cachorro é a praia da vila: ok, tem barraca e cadeiras na areia(a única de Noronha, porque nas outras não é permitido), mas tem também SUP pra alugar e o buraco do Galego, que é uma piscina deliciosa que se forma no meio da pedras.

Pôr do sol

Assistir o sol se despedir é um ritual clássico em Noronha. Onde for, haverá um visual lindo. Mas o lugar mais top para ver o dia ir embora é no Fortinho de São Pedro. Tem vista para a Cacimba e o Dois Irmãos, e showzinho de voz e violão pra dar um clima.

Gastronomia

Hoje Noronha já conta com vários restaurantes. O Beijupirá, que também existe em Carneiros e Olinda, é uma boa pedida! Vá também ao Mesa da Ana!

COMO CHEGAR: Gol e Azul voam para lá, saindo direto do Rio.

ONDE FICAR: Beijupirá Lodge. Super charmoso, confortável, com o restaurante da marca no horal, e tem uma trilha que vai direto pra praia.

IMPORTANTE: Para entrar em Noronha é preciso pagar uma taxa de preservação (TPA), que varia de acordo com a quantidade de dias da estada. Fora isso, é necessário comprar um ingresso de entrada no Parque Marinho, que inclui as praias do Sancho, Leão e Atalaia, a Baía Sueste,  ilhas Gineta, Rasa e do Meio. Custa R$ 75,00 para brasileiros e R$ 150,00 para estrangeiros. Este ingresso, válido por 10 dias, dá ao visitante o direito de acessar todas as áreas do Parque Nacional. Ah, sim, e  70% do valor arrecadado com os tíquetes são revertidos para ações no Parque Nacional.

Ele fornece  proteínas, vitaminas, minerais, ácidos graxos ômega-3 e tem pouquíssima gordura saturada. Nosso post de hoje é sobre o atum, peixe delicioso que está em vários pratos aqui do Togu, e que além de tudo é um ótimo aliado para quem está em dietas de redução de peso: o peixe é um alimento de baixo valor calórico. Boa pedida, não?

Das nossas entradas de Exóticos, tem o atum com foie gras. Vá nele! Depois continue com o atum em crosta de coco fresco, com purê de ervilhas frescas, edamame e vagem precoce, ao molho satay. Esse é criação da chef Ana Zambelli (ex-Ferran Adriá).

Também é incrível e campeão de pedidos o nosso atum semigrelhado sobre arroz de shitake com nirá, redução de teriaki com balsâmico e salsa verde. A imagem diz mais do que a gente pode escrever!

Quer algo mais fresh: aposte no ceviche de atum em vinagrete de maracujá, manga, fitas de coco queimado e crocantes de baroa. Ou se quiser  um cru com sotaque japonês contemporâneo, temos  dupla de spicy tuna, rolls, sushis,  sashimis. Experimente, sem moderação!

Campos verdejantes, ovelhas, fardos de feno, muitas flores e pequenos vilarejos medievais revelam a região de Cotswolds. É a área rural da Inglaterra, preservada do agito urbano, e que durante muitos anos foi um tranquilo refúgio da aristocracia. É um lugar lindo, que conhecemos em um dia, parando nas cidades pelo caminho. Começamos em Bath (a cidade dos banhos romanos) e fomos até Stratford-upon-Avon (terra natal de Shakespeare), onde chegamos de noite e ainda a tempo de assistir a uma encenação de Otelo. Foram 3:30 de peça, e uma das melhores interpretações que já vi. Espetacular.

Por ser pequenina, a maneira mais agradável de conhecer a região é escolher uma ou duas cidades-sede e visitar as outras em passeios de um dia, que podem ser feitos com carros alugados, taxis ou até de bike. É possível chegar de trem, a partir de Londres, a Bath ou Oxford e começar a viagem por ali. Seja qual for o local escolhido, entretanto, a paisagem não muda muito: há sempre uma rua principal, em geral comum riozinho, casas de pedra de cor caramelo a perder de vista e comércio charmoso, com pequenos e deliciosos restaurantes.  Mesmo assim, alguns destinos se destacam, como as lindas Lower e Upper Slaughter, cidades vizinhas em que as ruas são tão pequenas que carros quase não entram. Há minipontes espalhadas por todos os lugares, inclusive entre as residências.

Outra muito linda é Bourton-on-the-Water , conhecida como a “Pequena Veneza” da Costswold por ser cortada pelo rio Windrush, que deixa a cidade com um requinte a mais! E tem ainda Stow on the wold, outra belíssima!

Nosso caminho ainda incluiu Ashbourne, Dovedale (a 3 minutos de Ashbourne), Buxton (mais 30 min), Castleton (21 minutos), Horrogate (2 horas) e York (48 minutos).

E aqui, Stratford-upon-Avon, cidade de Shakeaspeare ( e a casa dele, na última foto), onde assistimos à peça Otelo. Para se programar: o espetáculo começa às 19h.

Você faz parte da turma que acredita que comer fora e sair da dieta são como ação e reação? Para um grande número de pessoas, a ideia de jantar ou almoçar num restaurante é uma transgressão da vida saudável. Aqui no Togu, não. Low carb, dieta proteica e baixas calorias são verbetes que fazem parte do nosso cardápio e da nossa cozinha.

DIETA PROTEICA

A sugestão é o Namorado grelhado, em leito de cogumelos e pupunha salteados em azeite de ervas frescas e redução de balsâmico. Além da proteína animal, esse prato contém as proteínas vegetais do cogumelo. Outra boníssima pedida é o Steak Tartar japonês
com gema trufada, shisso crocante e gelatina de limão!

LOW CARB

Quer riscar carboidratos da alimentação? Opte pelos sashimis e pelas duplas! Têm baixa caloria e zero carb.

LIGHT

Além dos pratos acima, o Togu tem várias opções deliciosas e com poucas calorias: atum (peixe magro) em crosta de coco fresco com mundo verde (purê de ervilhas frescas, edamame e vagem precoce) é um deles. Outra sugestão é o namorado em crosta de castanha do Pará, cama de pupunha e mini nasu missô (mini beringelas ao missô).

Mais um feedback aqui de Londres! Essa semana, e até o dia 21 de junho, acontece a Taste of London, um festival anual incrível de gastronomia. É uma “food wonderland” em pleno Regent´s Park, e é um super programa pra quem estiver passeando aqui em Londres.

O evento é diferente de qualquer outra feira de gastronomia que já fui. Normalmente, esses festivais são voltados para quem é do setor, com muita informação, e apenas uma pequena área de alimentação. Já o Taste of London não. Eles fizeram uma feira que ao mesmo tempo é para quem da área e para o público em geral; o pessoal que vem aqui só para comer. São mais de 50 restaurantes com estandes onde você pode escolher 3, 4 pratos para desgustar. E restaurantes de chefs famosos, renomados.

Os chefs ficam em barraquinhas arrumadas, lindas, com uma produção super caprichada, ambientadas segundo o tipo de comida de cada país ou reproduzindo um minirestaurante. E quem quiser ainda pode participar de workshops de preparo dos pratos.

Outra coisa bacana é que todos os pratos custam em média 4-5 libras, super barato para comer em chefs famosos. E o clima é uma delícia, com ainda tem vários espaços bacanas pra sentar, pufes pelos gramados, música, shows. É um programão. Indico!

Para mais informações acesse o site do evento!

Fórmula para ter um dia feliz: começar com coisas que tragam boas sensações.

Dica para ter um jantar inenarrável: abrir os trabalhos com pequenas porções capazes de fazer você percorrer caminhos e sensações de extremo prazer e satisfação. O que em imagens pode traduzir-se em…

Aqui estão duas entradas clássicas do Togu, e que são das mais pedidas: camarão com purê de castanha em moedas de batata roxa, e flor crocante de shimeji com salmão, lichia e coulis de jabuticaba.  A sequência pode continuar com um sushi de ovo de codorna em creme de trufas.

E antes de passarmos aos principais, uma entrada mais encorpada assinada pela chef Ana Zambelli (ex-Ferran Adriá): lagostinhas afogadas no caldo de tucupi com missô, jambu e tapioca crocante. Uma fusão  influências do norte do Brasil com a Ásia. Experimente!

O Togu fica na Rua Dias Ferreira  90-B, Leblon

Delivery:
Leblon, Ipanema, São Conrado, Jardim Botânico, Gávea, Lagoa

Horário de funcionamento:

Segunda: 19:30 à 1h
Terça à sexta: 12:00 à 1h
Sabado: 13:00 à 1:00
Domingo: 13:00 à meia noite

Mais uma novidade aqui de NY, onde venho para pesquisar mais influências e aromas para o Togu.

O Whitney Museum reabriu nesse 1 de maio em novo prédio, com nova vizinhança e ótimas exposições. São quase 6 mil metros quadrados de galerias internas e 1.200 de área externa para exposições ao ar livre, de cara para a High Line.

O projeto arquitetônico, ele por si só uma obra de arte, é do renomado Renzo Piano. A entrada fica na Rua Gansevoort, e o prédio conta com extras como teatro, biblioteca, sala de leitura. Como esperava-se, o Whitney inaugura já com 3 mostras super interessantes: “America is Hard to See”, “Walk On” (com gravuras e imagens do artista japonês Yuji Agematsu), e Sunset (uma instalação interativa de Mary Heilmann. E tem mais coisa bacana programada (veja aqui a agenda)

Programão para quem gosta de arte contemporânea! Indico!

COMO CHEGAR: de metrô, as linhas mais perts são a A, C, E, e L na  14th Street.

Dica direto aqui de Nova York, onde vim buscar mais algumas inspirações para o Togu. O Bohemian Japonese é um restaurante espetacular, são menos de 30 lugares e eles mudam de telefone periodicamente para dificultar o acesso. No TripAdvisor há até sua localização no East Village (57 Great Jones St), mas nem de longe alguma pista de contato. E, uma vez descoberto o telefone, o Bohemiam só faz a reserva quando a pessoa diz quem indicou.

Então o que temos é um local escondido, com uma linha de reservas privada, que evita a cobertura da imprensa, e mesmo assim é um alvoroço e um dos mais bem classificados restaurantes de Manhattan. Claro, precisávamos conferir, e foi incrível. O Bohemian merece mesmo todos os créditos, e minha dica? Não deixem de vir.

Localizado no final de um longo e estreito corredor, Bohemian se assemelha menos a um restaurante e mais a um apartamento de algum amigo – há uma campainha para entrada e apenas algumas mesas de sala de estar. De acordo com o site do restaurante, Andy Warhol morou aqui, e Basquiat usou o espaço como casa e estúdio. Que aura, não?

E agora, nosso jantar: sashimi de wagyu beef, a carne top top do Japão. Depois uma sucessão incrível: fondue de vegetais em um queijo com manteiga e cream cheese (maravilhoso), croquete de cogumelo; peixe grelhado com batatas, couve-flor e abobrinha (para quem acha que japonês é só cru, aqui estava o sabor de um verdadeiro churrasco brasileiro).